FACULDADE
ALFREDO NASSER
LEIDIANY
RIBEIRO DA SILVA OTONI
PÓS
GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA ESTUDO DE CASO
APARECIDA
DE GOIÂNIA – GO
2017
FACULDADE
ALFREDO NASSER
PÓS
GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA
Prof.ª
Ms. ANDRIELLI KECHICHIAN BESSA
RELATÓRIO
ESTUDO DE CASO NEUROPSICOPEDAGÓGICO
AUTORA:
LEIDIANY RIBEIRO DA SILVA OTONI
SUMARIO
1.
Objetivos.............................................................................................................................03
2.Introdução...........................................................................................................................03
2.1 Definições da psicopedagogia e
neuropsicopedagógia..................................................04
2.2 Áreas de atuação do psicopedagogia,
neuropsicopedagógia na
instituição e na clínica...........................................................................................................05
2.3 Teorias psicopedagógicas e
neuropsicopedagógicas e o
papel do
professor..................................................................................................................................06
3.
Desenvolvimento (Associação Pestalozzi de
Goiânia
/ Pró – Labor)
...........................................................................................................07
3.1
Filosofia da Escola............................................................................................................07
3.2
Ficha de Anamnese...........................................................................................................09
3.3 Análise e o resultado
das observações:
atuação do neuropsicopedagogo
na prática.................................................................................................................................14
4.
Considerações finais...........................................................................................................15
5. Referências
Bibliográficas..................................................................................................16
1.
OBJETIVO GERAL
Elaborar um estudo de caso onde se possa verificar o
processo de desenvolvimento da aprendizagem (Deficiência Cognitiva) de uma
criança, adolescente ou adulto e a partir dos resultados propor uma
intervenção.
1.1
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Aplicar a Anamnese
com a família juntamente com o indivíduo e depois fazer com ambos separados,
assim, fazer as pontuações;
2. Propor
atividades que possibilitam a construção da função simbólica, facilitando o
processo cognitivo, neurológico, afetivo, emocional, motor e social;
3. Investigar e
trabalhar com os problemas de aprendizagem, buscando encontrar a causa dos
mesmos, para a partir de aí trabalhar com o sujeito e com a dificuldade
instalada, buscando que o mesmo consiga o equilíbrio necessário para que o
corpo, organismo, inteligência e desejo, estejam em plena sintonia.
2. INTRODUÇÃO
O
presente estudo de caso é uma pesquisa de caráter qualitativo, que tem como
objetivo principal verificar o processo de desenvolvimento e aprendizagem de
uma criança (indivíduo) e a partir dos resultados, propor uma intervenção, e
tende a compreender as práxis da neuropsicopedagógia institucional e clínica
que aos poucos vem conquistando espaço em todo território brasileiro, surgindo
como uma nova área de conhecimento e pesquisa na atuação interdisciplinar,
embarcando conhecimentos neurocientíficos e tendo seu foco nos processos de
ensino aprendizagem, e está pautado em atividades que avaliam e intervêm nos
processos de aprendizagem procurando obter informações de todas as ciências que
possam contribuir para formar o entendimento mais detalhado da aprendizagem de
cada indivíduo. Para isso faz-se
necessário a combinação entre estudo de caso psicopedagógico descritivo e analítico,
o que permite uma descrição do caso e a preparação de uma intervenção escolar,
considerando ainda que toda pesquisa demanda a produção de conhecimento, há
necessidade de uma problematização acerca do objeto de estudo, pois este se
caracteriza em um sujeito pensante e reflexivo, portanto, um ser em formação.
Diante disso, o trabalho consiste na exploração
e interpretação do contexto social, educacional e familiar que envolve o
sujeito, buscando conhecer e propor uma ação interventiva que possibilite a
descoberta de novas formas de aprendizagem e a criação de estratégias para
mediação do processo ensino/aprendizagem. Para a realização do trabalho foram
selecionados alguns instrumentos de pesquisa, como questionário semiestruturado
para pesquisa com professor e aluno e anamnese utilizada para entrevista com a
mãe da criança. Os referidos instrumentos forneceram importantes informações
sobre a vida e o meio onde encontra se inserido o sujeito, objeto de estudo. Portanto
para compor o trabalho psicopedagógico, também foram realizados registros de
observações diárias, conversas informais e outros acontecimentos, pois estes
podem ser esclarecedores e reveladores no decorrer do estudo, dessa forma tornam-se
documentos e requerem cuidados especiais por tratar-se de informações pessoais
e por se tratar de um estudo interdisciplinar foram ouvidos relatos de outros profissionais
que atuam ou já atuaram no caso, estabelecendo um diálogo entre outras áreas do
conhecimento, cabe ressaltar que o psicopedagogo tem o dever de questionar, “duvidar”
e investigar.
2.1 DEFINIÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA, NEUROPSICOPEDAGÓGIA
O
neuropsicopedagogo é o profissional que vai integrar à sua formação
psicopedagógica o conhecimento adequado do funcionamento do cérebro, para
melhor entender a forma como esse cérebro recebe, seleciona, transforma,
memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelos
diversos elementos sensores para, a partir desse entendimento, poder adaptar as
metodologias e técnicas educacionais a todas as pessoas e principalmente,
aquelas com características cognitivas e emocionais diferenciadas. Portanto, esse
profissional terá que estar em busca constante dos necessários conhecimentos
sobre as anomalias neurológicas, psiquiátricas e distúrbios existentes, para
desenvolver um trabalho de acompanhamento pedagógico, cognitivo e emocional das
pessoas que apresentem essas sintomatologias. O profissional de
neuropsicopedagógia, portanto, é um dos elementos mais importantes para
desenvolver e estimular novas "sinapses", para um verdadeiro processo
ensino-aprendizagem.
A
Neuropsicologia, enquanto ciência, foi oficialmente reconhecida no Brasil, em
1988, com a fundação da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (Ortiz et al,
2008); enquanto profissionalização, surgiu em 2004 com a publicação da Resolução
º 002/2004 do Conselho Federal de Psicologia, que regulamentou a prática da
Neuropsicologia como especialidade para Psicólogos (Andrade & Santos, 2004.
Conselho Federal de Psicologia, 2004).
2.2 ÁREAS DE ATUAÇÃO DO
PSICOPEDAGOGO E NEUROPSICOPEDAGOGO NA INSTITUIÇÃO E NA CLÍNICA.
Neuropsicólogo
desenvolve atividades em instituições acadêmicas, realizando pesquisa, ensino e
supervisão; em instituições hospitalares, forenses, clínicas, consultórios
privados e atendimentos domiciliares, realizando diagnóstico, reabilitação,
orientação à família e trabalho em equipe multiprofissional. É da prática do
Neuropsicólogo enfatizar que o exame neuropsicológico é inseparável do exame
neurológico e do exame geral. Eles não se substituem e sim se complementam.
A
Psicopedagogia surgiu na França e posteriormente na Argentina, introduzindo-se
no Brasil na década de 70, para atender à grande demanda de crianças com
dificuldades de aprendizagem. Segundo a definição descrita no Código de Ética
da Psicopedagogia, da ABPp-SP – Associação Brasileira de Psicopedagogia – ela é
definida como “um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo
de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o
contexto sócio-histórico utilizando processos próprios, fundamentados em
diferentes referenciais teóricos”. A especialização lato sensu em
Neuropsicopedagógia contempla duas áreas de atuação: a Neuropsicopedagógia
Institucional e a Neuropsicopedagógia clínica. Segundo a SBNPp (art.29), o
Neuropsicopedagogo, com formação na área Institucional, atua exclusivamente em
ambientes escolares e/ou instituições de atendimento coletivo.
Institucional
fará parte da equipe técnica-pedagógica e do corpo de professores visando à
construção de projetos de trabalho nas áreas de conhecimento formal; na
orientação de estudos; e na prevenção da qualidade de vida por meio de
campanhas internas relacionadas à saúde, à educação e ao lazer. Na clínica atua
em equipe multiprofissional em consultórios, clínicas, posto de saúde, terceiro
setor, etc., fazendo avaliação e intervenção em crianças e adolescentes com
dificuldades escolares. Para tanto, necessitará de supervisão clínica.
2.3 TÉORIAS PSICOPEDAGÓGICAS
E NEUROPSICOPEDAGÓGICAS, SOBRE APRENDIZAGEM E O PAPEL DO PROFESSOR.
Tanto
o psicopedagogo e neuropsicopedagogo revela as habilidades do cérebro no
processo de aprendizagem e procura integrar os estudos do desenvolvimento das
estruturas das funções e das disfunções do cérebro ao mesmo tempo que estuda o
processo psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e processos
psicopedagógicos responsáveis pelo ensino. Eles podem ter um impacto positivo
no desenvolvimento profissional dos professores e no sucesso intra e
interpessoal dos alunos, isto abre caminhos as noções dos estilos de ensino e
de aprendizagem rompendo com os mistérios de como o cérebro processa
informações e aprendizados, para tanto, deve se entender como a tríade
funcional da aprendizagem humana funciona: Pois são os neurônios os
responsáveis pela aprendizagem mais as interações que eles criam (sinapse) que
seguram a aprendizagem que captura, a cognição emerge dos neurônios, quanto
mais cedo começar a usar as funções cognitivas, mais hábil será na
aprendizagem, enquanto que as conativas refletem a motivação, emoções,
temperamento e personalidade resumindo o sistema límbico (córtex afetivo) do
indivíduo, que podem ser emoções de bem estar ou interação social, conscientes
ou inconscientes, negativas ou positivas. Para alguns autores o ser humano é
determinado por suas emoções. O indivíduo reage de acordo com o estado
psicoemocional que está no momento. Sempre destacando o que está em jogo: de
valor (porque faço), de expectativa (o que faço com a tarefa), e afetivo (como
me sinto na tarefa) na verdade, saber o que fazer. E para completar, as funções
executivas está conectada com as cognitivas e conativas em outras palavras ela
é o maestro neurofuncional no lobo da razão (córtex pré-frontal), este lobo que
corresponde a razão é responsável pela planificação e a ação tanto uma como as
outras caminham na mesma direção, sendo que as funções conativas nutrem as
funções cognitivas e executivas.
Assim,
pode se dizer que os currículos da educação em geral devem ser redesenhados
para satisfazer a neurodiversidade e a diferenciação da aprendizagem de todos
os indivíduos, pois nenhum estudante deve ficar para trás ou excluído de
aprender, sendo que nenhum indivíduo é ineducável, para tanto, a interação do
professor-aluno tem que ser mais intensa e intencional, neste processo de
ensino aprendizagem tem que ser mais mediatizada e acessível a todos onde todas
as ações devem ser pensadas e trabalhadas. Portanto, neste processo não entra o
enriquecimento curricular, mais o enriquecimento do potencial de aprendizagem
dos indivíduos, pois quando o professor tem uma interação afetiva com esse
sujeito as possibilidades de aprendizagem são maiores.
3.
DESENVOLVIMENTO (ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI / PRÓ – LABOR)
1ª
momento:
A
primeira ida na instituição foi de cunho de informação e apresentação do espaço
e de como a associação funciona, como começou, e como se dá o acolhimento de
cada indivíduo que chega na associação. Foi falado que cada sala tem capacidade
para 20 alunos e que no local atende sujeitos com 14 a 40 anos de idade, e que
existem atualmente dois projetos que são o ASI (projeto de autonomia,
socialização e interação) que desenvolve atividades de vida diária (AVD) e o
projeto de formação inicial do trabalhador o (FIT). Foi separado os nomes dos
alunos para cada estagiaria fazer as observações.
3.1 FILOSOFIA DA ESCOLA
A
proposta da Associação Pestalozzi de Goiânia / Pró - Labor é de uma formação
humanizadora e para tanto consideram importantes aspectos como:
APRENDER
A APRENDER – O aluno, por si só tem procedimentos alternativos para aprender.
Sendo assim devem ser apresentadas situações significativas de aprendizagem e
informações apropriadas para que tenha oportunidade de raciocinar por conta
própria, com autonomia nas análises e sínteses.
APRENDER
A FAZER – É necessário propiciar ao educando o desenvolvimento de habilidades
práticas que permitam maior flexibilidade no trabalho e maior competência para
enfrentar e resolver problemas pessoais e coletivos.
APRENDER
A CONVIVER - Contribuir para que o aluno se perceba como parte de um coletivo,
ensinando – os a entender e respeitar as regras de boa convivência, a
compartilhar problemas, decisões e sucessos, a compreender melhor a si e ao
outro.
APRENDER
A SER – A formação da competência humana se faz não apenas no sentido de
produtividade, mas, essencialmente, no sentido político, ético, afetivo e
ecológico, na perspectiva de um sujeito verdadeiramente autônomo. Dessa forma
propomos uma educação que implica a participação dos alunos na vida social,
resguardando sua dignidade, a igualdade de direitos, a importância da
solidariedade e do respeito, bem como a recusa categórica de quaisquer formas
de descriminação.
Este
estudo de caso foi feito na Associação Pestalozzi de Goiânia / Pró- Labor com o
aluno do projeto (ASI) E. L. de S., nascido em 28 de agosto de 1979,
nacionalizado: Brasileiro: natural de Timbiras – MA; Filiação: Nilza Lima de
Sousa (falecida); reside no bairro: Jd. Nova Goiânia no município de Senador
Canedo – Go; responsável legal: Hérvila Lima de Sousa (irmã)
Tipo
de necessidade: ID CID: F 71
Funcionamento
intelectual significamente inferior à média, manifestação antes dos dezoito
anos.
2ª
momento:
Apresentação:
lembrando que não fica somente uma professora com a turma pois eles têm rotinas
e atividades diferenciadas e por essa questão cada dia é um professor. Nos dias
de observação ficamos somente com a professora Icaraí, que nos recebeu
prontamente e nos passando as informações de sua aula tema (água), foi
apresentado a turma com cada um se apresentando para que cada estagiaria
conhecesse seu aluno especificado. No momento o Elias não quis falar seu nome
demostrando timidez e permaneceu no canto da sala com a cabeça sobre a mesa.
Neste primeiro contato não se interagiu, permanecendo calado sem esforçar para
se comunicar até porque ele não verbaliza somente dá sinais de comunicação e
diz algumas palavras como (NÃO e SIM), mais demostrou compreender tudo que se
passava em sala e entendimento do que a professora estava explicando, na hora
da atividade que era procurar fonte de água e desperdício da mesma, soube
executar com muita atenção demostrando ser perceptivo, observador e uma
coordenação motora muito boa apesar de usar a mão esquerda para cortar com a
tesoura, foi observado que o mesmo é muito perfeccionista ao corta ele tentava
ir o mais reto possível e igualar as ondulações. No decorrer foi se soltando
quando eu o perguntei se me deixava ver seu caderno e depois demostrou que não
gosta muito de ser ajudado mais que gosta de ajudar os demais colegas em sala,
no decorrer da manhã demostrou ser muito carinho e também de não gostar de
algumas atitudes tomadas por alguns colegas. No momento da anamnese foi
observado que na identidade do mesmo não contêm o lugar de Filiação (mãe e pai)
e que no lugar do nome tem um carimbo (não alfabetizado) só que a mesma foi
expedida no ano de 1.999, pois hoje ele conheceu algumas letras e escreve o
nome dele, está no processo de alfabetização. Por não conter muitos dados e ele
não verbalizar enviei a anamnese para o responsável preencher só que a mesma
voltou somente com alguns sins.
3.2
Ficha de anamnese
1. Nome aluno (a) E.L.S
Idade: 38 Data de nascimento: 28/08/1979 Sexo: M Cor: B
Nacionalidade: Brasileiro
Naturalidade: Timbiras-MA
Endereço: ________________
Escola: Associação
Pestalozzi de Goiânia Série:
_________
FILIAÇÃO
Pai-Nome: _________________________
Profissão: ________________ Idade: ______________
Grau de instrução: _____________________________
Mãe-Nome: Nilza Lima
de Sousa (falecida)
Profissão: ______________ Idade: _______________________
2- QUEIXA
Queixa Principal: ______________________
Há quanto tempo: __________________________
Causa atribuída: ___________________________
Outras queixas: __________________________
Há quanto tempo: ______________________
ATITUDES FRENTE ÀS
QUEIXAS:
a) Mãe: ____________________________
b) Pai: _______________________________
c) Parentes: _______________________
3 – ANTECEDENTES PESSOAS
3.1 Concepção
A criança foi desejada? ___________________________
Posição na ordem de nascimento?
__________________________
Quantos filhos têm? _____________________________
3.2. GESTAÇÃO
Duração da gestação: ________________________
Quando sentiu a criança
mexer? ________________________
Fez tratamento pré-natal?
____________________
3.3. CONDIÇÕES DE
NASCIMENTO
Local de nascimento: ( )
casa ( ) maternidade ( )outro local
Tipo de parto: ( ) normal
( ) fórceps ( ) cesariana ( ) outro _________
Houve trauma craniano? ________
Tipo de anestesia no parto: __________
Altura da criança:
______________________ Peso: ______________
Duração do parto? (Desde
os primeiros sinais até o nascimento): ________________
PRIMEIRAS REAÇÕES
Chorou logo? Quanto
tempo? _______________________________
Precisou de oxigênio?
Quanto tempo? ____________________________
Reação após o primeiro
dia de vida
Ficou ictérico? (Amarelo,
esverdeado) ____________________
3.4. DESENVOLVIMENTO
a) Sono: ( ) calmo ( )
agitado
Dorme bem? _______________
Tem sudorese durante a
noite? _____________________
Range os dentes enquanto dorme?
___________________
Acorda várias vezes
durante a noite? Volta a dormir facilmente? ______________
Fala
dormindo_________________
Sonâmbulo? ______________.
Têm pesadelo? __________________
Apresenta terror noturno?
Dorme sozinho ou com
alguém no quarto? __________________
Tem cama individual?
__________________________
A criança acorda e vai
para a cama dos pais? _______________________________
B) ALIMENTAÇÃO
Mamou direito ou
apresentou dificuldade na sucção? ______________________
Quanto tempo se alimentou
através do seio? __________________________
Usou mamadeira? Até quando?
___________________________
C) DESENVOLVIMENTO
PSICOMOTOR
Sustentou a cabeça? Quando?
_________________
Rolou? Quando? _________________
Sentou com ajuda? Quando?
_________________
Sorriu? Quando? ___________________
Engatinhou? Quando? _____________________
Ficou de pé? Quando? _______________________
Andou? Quando? _____________________
Balbuciou? Com que idade?
_________________
Falou as primeiras palavras?
Quando? ______________
Falou corretamente? Quando?
___________________________
Trocou letras? Falando ou
escrevendo? _________________
Falou muito errado? Até quando?
______________________
Gaguejou? ________________________
A criança apresentou
apresenta tiques? ____________________
Atitude tomada pelos pais?
____________________
D) ESCOLARIDADE:
Vai bem na escola? _________________
Gosta de estudar? ____________________
Costuma faltar às aulas?
Por quê? ________________
Os pais estudam com a criança?
___________________
Gosta da professora? _____________________
É castigado quando não
tira boas notas? _____________________
Quais matérias apresenta
mais dificuldade? _____________________
Quais matérias que tem
mais dificuldade? ________________
É irrequieta na classe? ________________
Foi reprovado alguma vez?
Por quê? __________________
Frequentou creche? _______________
frequentou jardim da Infância? ________
Mudou muito de escola? _______________________
Utiliza a mão direita ou
à esquerda? ________________________
Houve alguma dificuldade
especial para aprender a ler? ____________
A contar? ___________________
A escrever? __________________
Costuma ou costumava
esquecer o que aprendeu? ________________
Como foi a dentição? ____________________
Quando adquiriu o
controle dos esfíncteres:
Anal diurno: ____________
vesical diurno: ____________
Vesical noturno: ______________
Como foi ensinada no
controle dos esfíncteres? _________________
F) MANIPULAÇÕES:
Usou chupeta? Até quando?
________________
Chupou o dedo? Até
quando? sim
Roeu ou rói unhas? __________________
Puxa as orelhas? ____________________
Morde os lábios? __________________
Qual a atitude diante
destes hábitos? ________________
G) TIQUES
Teve alguma doença? Qual?
______________
Com que idade estava? ______________
Já teve convulsões com febre?
____________
Já teve desmaios? __________________
Sofreu alguma operação?
Qual o tipo? _________________
Que idade tinha? ________
ficou roxo alguma vez? ______________-
Tomou vacina? Quais? ____________
Tomou algum remédio
controlado? Qual? _____________________
4 – ANTECEDENTES
FAMILIARES
(Estas questões devem ser
respondidas considerando-se pai, mãe, avós maternos e paternos, tios, primos
maternos e paternos) há algum nervoso na família? _____________
Há algum deficiente
mental na família? SIM
Há algum internado? Por
quê? NÃO
Alguém bebe muito? SIM
Alguém viciado em drogas?
_______________
Há alguém com alergia ou asma?
______________
Como se dá o seu
relacionamento com:
Colegas: ____________
Demais funcionários da escola?
_________________
H) SEXUALIDADE
Apresentou curiosidade
sexuais? Quando? _____________
Qual foi a atitude dos pais?
________________
A criança se masturbou?
Quando começou? _____________
Qual a atitude dos pais?
__________________
i) Sociabilidade
Faz amigos facilmente? SIM
Gosta de fazer vistas?
__________________
Adapta-se facilmente ao
meio? SIM
Tem apelido? NÃO
É mais dado a liderar ou
a ser liderado? _______________
É autoritário? ______________
Gosta de jogos
esportivos? SIM
J) DOENÇAS
Por
essa razão pedi ao coordenador da associação a ficha (histórico) do mesmo para
coleta de mais informações que me auxilia - se neste estudo de caso.
3ª
momento:
No
histórico fornecido pela associação foi encontrado seu responsável legal que é
sua irmã; é o quarto filho de uma prole de 5 filhos; Histórico de aborto e
natimortos num total de 07 filhos. Segundo Hérvila Lima de Sousa (irmã) a mãe
não fez pré-natal mais foram gestação tranquilas com partos de 09 (meses) todos
domiciliar e difícil. (E). Nasceu cianótico e com o lado direito paralisado,
andou entre 05 e 07 anos de idade e com dificuldade e ainda apresenta
dificuldade para falar emitindo somente palavras como mãe, pai e café (palavras
monossílabas) e pressão na mão direita. Com mais ou menos 10 anos ingressou na
Pestalozzi onde permaneceu até agosto de 2006, voltou para o Maranhão
(interior) onde trabalhava como ajudante na usina de arroz recebendo 10,00
(reais) por semana. Fez uso de bebida alcoólica muitas vezes, sendo que em duas
dessas vezes ficou muito agressivo. Ele puxa a perna direita (sensível), tem
limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas,
habilidades sociais, utilização de recursos na comunicação, habilidades
acadêmicas lógica boa.
E.
é um aluno participativo, apesar da dificuldade em se expressar, muito bom nas
iniciativas, tem crescido nos relacionamentos e humor excelente.
Atenção/concentração:
Realiza todas atividades, participa com autonomia e segurança.
Abstração/simbolização/memoria:
Ótima e consegui simbolizar e recorda fotos.
Criatividade:
ótima capacidade de resolver problemas.
Planejamento:
é capaz de gerir atividades
Raciocínio
Lógico: bom
Habilidades
de competência internalizadas: com segurança e as vezes com a mediação do
profissional e as vezes só.
Matemática:
realizou atividades
Informática:
realizou pesquisa
História/Geografia:
Pontua e participa
Ciência:
Interagiu
Arte:
participa
Habilidades
básicas: autonomia nas atividades e tarefas realizadas.
Habilidades
de gestão: é bom para gerir
Habilidades
específicas: prestativo em tudo
Elias
tem um benefício, gosta de assistir TV, ouvir rádio, ir à igreja e visitar
parentes e conhecidos.
Trabalha
informal: já trabalhou pedreiro,
ajudante em usina e tem interesse em trabalhar na área de serviços gerais, pois
a irmã quer que ele trabalhe sem carteira assinada para não perder os
benefícios pois atualmente a irmã não está trabalhando e ambos estão morando na
casa de parentes. Ele tem uma sobrinha que é deficiente mental leve de 13 anos,
o paciente conheci dinheiro mais não faz troco, anda de coletivo com
acompanhante.
E.
L. S. é um sujeito tranquilo, que
verbaliza com muita dificuldade algumas palavras em monossílaba mais muito
pouco (mãe, pai, não e sim) e comunica muito por gestos e expressões faciais;
ao analisar o histórico do indivíduo pode dizer que o mesmo apresenta lesões no
lobos parietais: por ser processado neste lobo os aspectos receptivos ou
sensoriais da linguagem sobre tudo no hemisfério dominante (esquerdo) que tende
a produzir afasia (distúrbios da linguagem) e ainda recordar as palavras para a
escrita (agrafia) que também foi percebida quando foi feita a Anamnese com o
mesmo, problemas com leitura (alexia), dificuldade de coordenação mão-olho na
observação quando o mesmo fez atividade de recorta, e no Lobo temporal esquerdo
pela interferência na linguagem.
Como
profissional em neuropsicopedagógia e com essas informações, procuraria
trabalhar o desenvolvimento da linguagem utilizando a neuroplasticidade que é a
capacidade de o cérebro lesionado tem em se readaptar ou se reorganizar para
uma nova aprendizagem, já que o paciente pronuncia algumas palavras
monossílabas, e propiciar momentos lúdicos com jogos de palavras sempre
acrescentando letras que possam trazer um enriquecimento na linguagem do mesmo,
como também músicas que estimulem a linguagem já que o mesmo gosta muito de
ouvir e ouve muito bem. Jogos de coordenação motora que exige mão-olho para que
o mesmo seja capaz de superar sua dificuldade ou que pelo menos proporcione
momentos de tentativas de acertos, mas não somente de colagem e recorte mais de
pinturas com limites.
Enquanto
neuropsicopedagogo desse indivíduo, meu papel é fazer projetos visando alcançar
as potencialidades e tentar sanar ou facilitar a vida desse aprendiz e
inseri-lo na sociedade de forma autônoma visando sempre o bem-estar do mesmo.
Reorganizar e fazer pontuações em construções de projetos frente ao corpo
docente a qual esse sujeito está inserido auxiliando no crescimento e na
autoestima do paciente, propiciar um ambiente enriquecedor para que o mesmo se
sinta parte integrante dessa sociedade e queira se desenvolver. Despertar nele
a curiosidade, a autoconfiança, desejo de querer aprender e desenvolver cada
dia, e ser sempre um sujeito ativo.
4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Este
estágio foi de fundamental importância para ampliar os conhecimentos sobre o
papel e a atuação do profissional em neuropsicopedagógia no processo de ensino
aprendizagem e inserção do sujeito na sociedade, principalmente como atuar com
indivíduos com dificuldades de aprendizagem, pois não tem como analisar o
processo de aprendizagem apenas no sentido apreensão, mas em sua totalidade
incluindo as dificuldades que cada sujeito traz consigo. Possibilitou a
conhecer e vivenciar a atuação desse profissional em uma instituição escolar,
bem como compreender a sua importância no meio social, frente a uma sociedade
repleta de fatores que influencia e interfere na aprendizagem do indivíduo.
Para
tanto percebe-se que a atuação do profissional é bastante abrangente, pois
interfere de forma direta ou indireta em todos os espaços que influenciam na
aprendizagem do aluno: Família, escola, social, individual etc.
Portanto
considera que um dos objetivos do neuropsicopedagogo é a intervenção, a fim de
“colocar-se no meio”, de fazer mediações entre aprendiz e seus objetos de
conhecimento, utilizando de jogos, brincadeiras e métodos afim de auxiliar
esses sujeitos em sua construção de conhecimento, para entender os problemas de aprendizagem fez-se
necessário realizar diagnósticos e intervenções, considerando os fatores tanto
internos quanto externos ao sujeito, para assim levantar um possível
diagnóstico e procurar reivindicar as intervenções cabíveis.
Concluí
enfim, que a intervenção Neuropsicopedagógica é imprescindível na busca de
superação dos indivíduos, visando melhor desempenho dos mesmos no processo de aprendizagem
escolar e ingresso ao mercado de trabalho e na sociedade em geral, de forma que
possa encontrar meios para ajudá-los na superação de suas dificuldades e
potencialização de suas habilidades.
5.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação
brasileira de neuropsicopedagógia. Código de ética técnico profissional da
neuropsicopedagógia. Disponível online: http://www.abpp.com.br.
Fonseca V. Papel das funções
cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Ver Psicopedagogia. 2014;31 (96):236-53
RUSSO Rita. Margarida Toler, Neuropsicopedagógia
Clínica, Introdução, conceitos, teoria e prática – Curitiba: Juruá, 2015